quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PROLOGO DOS ECOS ROUCOS DOS MOVIMENTOS DE JUNHO DE 2013

Ao invés do debate, o ódio; ao invés do comprometimento com o povo, a defesa da elite dominante. Sangra nesse processo eleitoral todo conservadorismo, que parte da juventude brasileira se atolou por ter se inclinado a apoiar o que de mais atrasado o brasil produziu na esfera política: o apoliticismo e apartidarismo transvestido de novo. Mas como isso surgiu, e diga-se de passagem, como surge em vários momentos das Histórias nacionais de alguns países.
Pode-se agora afirmar que foram os últimos movimentos, de rua (chamados de movimento de junho de 2013) onde em suas manifestações queimavam bandeira de partidos políticos, militantes de esquerda eram enxotados, simbolizando todo desprezo que a população nutria contra a corrupção desnudada no governo Lula e depois Dilma. Muitos leituristas políticos laureavam aquela atitude, afirmam que era um novo movimento que não tinham bandeiras definidas, não tinham "lideranças", a marca era o descompromisso com o futuro do brasil; descompromisso com ideias que afirmam algum contorno ideológico definido. Construíram ai nestes movimentos a marca ceticista que incluíam todos os políticos no mesmo saco. Na verdade era uma nova direita sendo gestada com perfil racista, preconceituoso que levou milhares de jovens bem intencionados mas que não sabiam de modo claro quais as consequências daqueles atos “cívicos”.
Clareando a memória, penso que esses movimentos começaram a ser pensandos quando uma certa atriz da Globo em uma determinada novela saia para a rua gritando batendo panela pedindo para os vizinhos reagirem contra os governantes. Era a imitação do episódio dos panelaços na Argentina dirigidos pela classe média desconfortável com a esquerdização do governo argentino.

Nasciam então no Brasil os movimentos dos indignados, sem bandeiras, sem “ideologia”. Os reais motivos eram escondidos por trás de mascaras, que na minha opinião, membros do movimento de junho de 2013 propositalmente não queriam se identificar porque eram figuras conhecidas, assim, ao serem identificados poderia mostrar os reais propósitos daquele movimento, que alguns teimam supostamente ter surgido com os movimentos das catracas em São Paulo. Na minha opinião foram usados. Por isso não é à toa que São Paulo liderou a eleição de expoentes da política facista, homofóbica e racista. Bem, mas isso aqui é só uma reflexão.

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